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The Vines of Mendoza

O vinho rosé na Argentina: uma gama de possibilidades

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No mundo, os vinhos rosés já representam mais de 15% da produção mundial de vinhos tranquilos, e esta tendência tem um forte impacto na Argentina, onde nos últimos dois anos tem surgido cada vez mais incorporações na categoria. Na hora de visitar qualquer adega, pode-se perceber que não há mais apenas rosés à base de Malbec ou Pinot Noir, e que eles não são simplesmente varietais: o consumo cresceu junto com a criatividade dos produtores e a busca por inovação das vinícolas.

Desta forma, encontramos rosés feitos com uvas pouco comuns na Argentina, como a Mourvèdre ou Garnacha, ao mesmo tempo que as embalagens e os rótulos são cada vez mais chamativos, buscando conquistar novos consumidores.

“É muito favorável o que está acontecendo na Argentina com vinhos rosés porque isso mostra que o consumidor está sendo incentivado a escolher o que beber com base na estação ou no horário do dia. O rosé, em particular, é um vinho que tem diferentes possibilidades de produção e isso o torna interessante tanto para quem o produz quanto para quem o prova”, explicou Mariana Onofri, que é diretora de vinho da The Vines e acaba de lançar o Rosé de Mourvedre Alma Gemela 2018.

Quanto aos tipos de rosé que são comercializados no país, pode-se dizer que as referências são aquelas produzidas em La Provence, no sul da França. Tratam-se de criações cujas cores são dominadas por tons de casca de cebola ou salmão. Estamos falando de vinhos de cores pálidas que, na boca, são suaves e refrescantes.

Seu consumo é ideal para abrir um encontro, celebrando-o como aperitivo, embora também se casem muito bem com pratos que se tornaram populares nos últimos tempos, como ceviche de peixe, guacamole ou curry picante.

Embora na Argentina o costume seja de acompanhar o assado com vinho tinto, a verdade é que o frescor de um bom rosé ajuda a equilibrar o sabor entre as mordidas. Além disso, os rosés se combinam muito bem com saladas de frutos do mar e massas com molhos espessos.

No que diz respeito à sua preparação, eles podem ser produzidos diretamente de uvas vermelhas simplesmente maceradas com suas peles, mas a chave está sempre na cor. Por esta razão, e procurando manter tons suaves, costuma-se utilizar a maceração carbônica.

Outra tendência recente é que os rosés tenham mais corpo e não sejam tão leves quanto costumavam ser. Um bom exemplo é o Padma, da Bodega Corazón del Sol, que é feito com Garnacha. “Eu não queria fazer um rosé leviano, Padma é projetado para acompanhar massas a carnes”, explicou o enólogo da vinícola, Cristian Moor.

Para se ter uma ideia de quão popular os rosés se tornaram, basta listar os lançamentos que aconteceram nos últimos três meses. Pelo menos dez vinícolas divulgaram detalhes de seus novos rosés. Existem Malbec, Bonarda, Pinot Noir, Merlot e Cabernet Franc. Inclusive, recentemente foi lançado um rosé composto de Pinot Noir, Cabernet Franc, Merlot e Malbec, chamado Rosadía.

 

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